sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Chuvas e Trovoadas

Ao despontar da alvorada,
A vida toda se agita!...
A paisagem é mais bonita,
Ao canto da passarada.
Ouro do sol – uma pepita
Ao despontar da alvorada.

Há um rugido de leão,
Reboando na montanha,
Pois essa voz tão estranha
É a linda voz do trovão,
Pois sendo forte e medonha
É um rugido de leão!...

Relâmpagos cortam os ares,
O céu se cobre de luto,
E aquele chão que era enxuto
se transforma em vastos mares...
ao longe trovões escuto
relâmpagos cortam os ares.

Adeus, serra da campina,
Verdejantes coqueirais,
Minha sorte, minha sina,
Aquela doce menina
De que não esqueço jamais!...

Se houver encarnação,
Noutros mundos, nesta terra,
Quero um rebanho, que berra,
Aos rigores do sertão.
Quero uma chuva trovão,
Reboando lá na serra...

Quero uma morena dengosa,
Cheirando a flor de jasmim...
E tendo um olhar assim,
Que me pareça formosa.
UMA MORENA DENGOSA..
Eu a quero toda pra mim!...
Muritiba, 28/12/2007 - Dokito

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