Soneto de Luiz Guimarães Junior
(1845/1898)
Como a ave que volta ao ninho antigo,
depois de um longo e tenebroso inverno,
eu quis também rever o lar paterno,
o meu primeiro e virginal abrigo.
Entrei. Um genio carinhoso e amigo -
o fantasma, talvez, do amor materno,
tomou-me as mãos, olhou-me grave e terno,
e passo a passo caminhou comigo...
Era esta a sala...Oh! se me lembro e quanto,
em que da luz noturna a claridade...
minhas irmãs e minha mãe...o pranto
Jorrou-me em ondas... resistir quem há de?...
Uma ilusão chorava em cada canto ,
gemia em cada canto uma saudade...
(1845/1898)
Como a ave que volta ao ninho antigo,
depois de um longo e tenebroso inverno,
eu quis também rever o lar paterno,
o meu primeiro e virginal abrigo.
Entrei. Um genio carinhoso e amigo -
o fantasma, talvez, do amor materno,
tomou-me as mãos, olhou-me grave e terno,
e passo a passo caminhou comigo...
Era esta a sala...Oh! se me lembro e quanto,
em que da luz noturna a claridade...
minhas irmãs e minha mãe...o pranto
Jorrou-me em ondas... resistir quem há de?...
Uma ilusão chorava em cada canto ,
gemia em cada canto uma saudade...
Nenhum comentário:
Postar um comentário